Drop – Ameaça Anônima estreou esse ano (2025) em 10 de Abril nos cinemas sem muito alarde; por isso será que é uma ameaça anônima? O filme é da produtora Blumhouse conhecida pelos seus filmes de terror e suspense atuais de grande sucesso como “Atividade Paranormal”; “Nós(Us)”, “Corra” entre outros.
Neste filme eles apostam em um suspense tecnológico que às vezes pode lembrar um pouco “Black Mirror”.
Violet Gates (Meghann Fahy) é uma viúva psicanalista que vivia em um relacionamento abusivo, agora ela dedica sua profissão para ajudar outras vítimas de relacionamentos abusivos e violências domésticas. Mas isso não significa que ela está recuperada de seu trauma; pois após muitos anos sozinha ela finalmente decide se encontrar com Henry (Brandon Sklenar), um fotógrafo que trabalha para o prefeito, o qual ela vinha a meses conversando em um aplicativo.
Assim ela deixa seu filho Tobey (Jacob Robinson) aos cuidados de sua irmã Jen Gates (Violett Beane) para seu encontro em um restaurante. Mas assim que começa seu encontro, ela recebe memes os quais iniciam como divertidos até começarem a ser agressivos, e então recebe uma ameaça através do celular de um misterioso encapuzado em sua casa, ameaçando a vida de seu filho e sua irmã.
Ameça Anônima utiliza a tecnologia para impor a dinâmica da história, utilizando o celular como elo de contato e as câmeras do restaurante o filme se passa praticamente todo dentro deste ambiente fechado, o que aumenta a tensão e o controle.
Como é um ambiente restrito, a fotografia é escura, o que provavelmente é proposital para aumentar a angústia que a protagonista quer passar. O ambiente é cheio de pessoas, o que me agradou, pois, alguns filmes os lugares e às vezes até a cidade é tão vazio que a história perde toda possibilidade de eu me conectar.
A direção de Christopher Landon, é coesa com a proposta, nem exagerada e ou omissa; mas como consequência não é ousada, o que poderia ter elevado um pouco mais o filme.
Os atores entregam bem seus personagens, mas também como a direção sem nenhuma ousadia ou atuações de tirar o fôlego, a não ser o garçom Matt (Jeffrey Self) ele acaba sendo muito caricato e desconexo com o ambiente.
Os efeitos são simples e às vezes um pouco fracos, principalmente um uma das cenas finais que deveria gerar maior tensão.
Mas o filme consegue te deixar curioso com a história e te prende sim, o fato de se passar praticamente inteiro em um único ambiente para controlar a protagonista também te deixa desconfortável e querendo saber como sair dessa situação que vai escalando ao longo do tempo.
Usar a tecnologia como instrumento de paranoia e controle é uma ótima ideia, pois, é um conceito atual de alta relevância, até quando você tem privacidade ou ela pode ser invadida e você se tornar um fantoche.
Drop – Ameaça Anônima é um suspense que embora não te deixe em estado de tensão total, é bom e merece sair do anonimato.
Se você não quiser ir ao cinema não precisa se preocupar que logo, logo estará estreando no Prime Video para compra e locação.
Drop tem 84% no Tomatometer e 79% no Popcornmeter no Rotten Tomatos e 6,1 no IMDb.